O que mais impressiona neste livro é o jogo:
uma história que caminha sinuosa, entre a realidade, o sonho e o devaneio.
O que mais cativa nesta história é a tentativa verdadeira de tornar o afeto um elo forte entre as pessoas: mãe, filho e o novo namorado da mãe.
O que mais dói nesta história é o avião aero-modelado dependurado no teto, o voo nas costas do pai e a troca da faixa de judô: peças que tornam o menino Quequé o herói da sua própria história.
O que mais alegra nesta história é a maneira leve, sensível, poética que a autora escolheu para tratar de assuntos tão sérios: uma construção alinhavada pela saudade.
E já que a alegria, algumas descobertas e a necessidade de aceitação fazem parte desta viagem, o que é preciso
pra voar mais alto?
(4a capa - Celso Sisto)